27 de abril de 2024

Vencemos. Vencemos uma disputa de 12 anos.  

A foto abaixo não representa apenas uma Solenidade comum no Palácio do Planalto. Essa foto marca o fim de uma batalha que durou mais de uma década e nos custou muito esforço, compromisso, energia.  

https://fenavist.org.br/fenavist-participa-de-solenidade-de-consolidacao-do-marco-regulatorio-trabalhista-infralegal

Para compreender a importância para nós dessa nova Portaria oficializada no dia de hoje, precisamos voltar ao ano de 2008, quando estávamos caminhando bem com a nossa empresa: um ótimo produto desenhado, muitos clientes na carteira e ótimas projeções para o futuro. 

Já sabíamos, naquele momento, que a principal vocação da Mensis não era ser só mais uma fabricante de Relógio de Ponto no mercado, mas ser uma empresa que caminhasse ao lado do cliente: ajudando-o, a partir de serviços técnicos, a encontrar a solução específica para melhorar a gestão de ponto de suas empresas, de forma que adequássemos o serviço à necessidade de cada cliente.  

Acreditamos na nossa missão desde o início e não economizamos no investimento para melhorar cada vez mais o nosso serviço. Desde 2003, investimos em um modelo totalmente diferente do que estava no mercado à época, afim de atender aos clientes com serviços inovadores e que funcionassem de verdade, conectávamos os nossos coletores em um Software em nuvem. 

Em 2009, porém, vivemos de forma intensa a montanha-russa de emoções, comum na vida dos empreendedores. Tínhamos um plano estratégico bem estruturado, tudo vinha bem, até que fomos surpreendidos com a Portaria 1510 do Ministério do Trabalho. 

Foi um choque. Todo esforço e trabalho duro daqueles anos antecedentes, de repente, pareciam ter sido em vão. 

Fomos impedidos de trabalhar. Todo o projeto que tínhamos desenvolvido -da continuidade do produto aos serviços da empresa no geral- não seria mais válido de acordo com essa Portaria 1510/09, a qual impossibilitava a prestação de serviço através do REP (Registrador de Ponto Eletrônico). 

Vimo-nos em uma encruzilhada: os equipamentos não podiam ser mais usados como locação ou leasing, ou seja, não podiam ser usados formatos que fossem diferentes do equipamento comprado, o que ia totalmente em oposição a nossa cartela de serviços, pois a venda do equipamento já não estava em nossos planos futuros. 

Quebramos. Ao falar em uma frase solta, essa palavra não parece muita coisa, porém foi um pesadelo. Perdemos dinheiro, funcionários, clientes, mas jamais a esperança e a força de lutar.  

A nossa única possibilidade, naquele momento, era questionar e assim fizemos. Criamos um blog, o qual se transformou em um campo de batalha, externávamos o que nos afligia e, assim, recrutávamos mais pessoas para engajar nessa luta. 

Foram dias incansáveis, procuramos por deputados, advogados, o próprio Governo, com o objetivo de encontrar meios cabíveis que melhorassem o cenário. 

Valorizamos cada conquista, o 1° adiamento da Portaria 1510, após dois anos de muita discussão, nos deu um folego e bagagem para mais preparo.   

Já em 2011, outra conquista muito importante: a publicação da Portaria 373, a qual legalizou os sistemas alternativos. Sabíamos que hora ou outra venceríamos, bastava perseverar.  

Baseamo-nos na crença de que era impossível barrar o desenvolvimento tecnológico. Mesmo diante de todo cenário que poderia nos amedrontar, resolvemos mais uma vez inovar: criamos um modelo de ponto online, com aplicativos e coletores móveis, que utilizam sistema Android. Crescemos ainda mais, pois os clientes estavam cansados de falsas e desatualizadas promessas.  

Mesmo que a lei não acompanhasse as inovações sociais e novas necessidades que o mercado demandava, sabíamos que era uma barreira que hora ou outra seria quebrada. Estava mais do que óbvio que a nossa crença era a correta e que não desistiríamos dessa luta.  

O Governo, diante do inevitável decidiu rever a Portaria 1510, a qual ficou ainda mais insustentável com a disseminação do Trabalho Remoto, devido à pandemia.  

Finalmente podemos dizer que: vencemos. Toda a batalha valeu a pena e queríamos agradecer a boa fé dos empresários que cruzaram a nossa trajetória, não levando para uma questão política ou ideológica, em que prejudicamos ou favorecemos o empregado, mas sim para o lado profissional, em crescer os seus negócios sempre de forma ética e correta. 

Enfim.... 

Seja bem-vindo, REP-P!   

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